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É hora de agir

Nos últimos dois anos e meio, 18.071 equipamentos foram doados pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) a 5.061 prefeituras brasileiras com população até 50 mil habitantes. A ação contou com investimento superior a R$ 5 bilhões por parte do governo federal.

 

 

Só no Estado de São Paulo, 521 municípios foram beneficiados com 1.563 equipamentos (retroescavadeiras, motoniveladoras e caminhões-caçamba), somando investimento de cerca de R$ 430 milhões.

Cidades no semiárido ou em situação de emergência devido à estiagem na área de atuação da Sudene também receberam pás carregadeiras e caminhões-pipa.

 

A presidente Dilma Rousseff, em outubro de 2013, afirmou que todo esse esforço significa muito mais do que o valor gasto. “Estamos dando autonomia para as prefeituras de nosso País enfrentar problemas diários”, disse.

Analisando superficialmente, essa parece ser uma decisão acertada. Todo mundo gosta de dar e ganhar “presentes”. Entretanto, ao refletirmos sobre essa medida, chegamos à conclusão de que se trata de mais uma deliberação inadequada e imprópria, além de um desvio de competência.

 

As doações não atendem às reais necessidades de cada município, que, no fim, não têm liberdade para opinar ou decidir de qual equipamento realmente precisam para dar conta das diversas frentes de serviços públicos que visam melhorar a qualidade de vida da população e dos produtores.

 

Essas cessões gratuitas de máquinas devem ser repudiadas, pois a situação de cada região precisa ser observada pelo gestor local, e não pelos técnicos de Brasília, que não sabem da condição peculiar de cada localidade.

 

Em várias cidades, inclusive, não há estrutura para pôr em marcha esse maquinário e mantê-los em operação com a manutenção preventiva e corretiva necessária, nem mão de obra qualificada para a condução produtiva.

 

Muitas vezes, as prefeituras recebem uma carregadeira e necessitam de uma retro, ou recebem um caminhão-pipa e precisam de um caminhão basculante. Em suma, esse paternalismo não está entre os deveres constitucionais do governo federal.

Atualmente, é pífia a taxa de crescimento da economia brasileira. Já o índice de endividamento das empresas locadoras de equipamentos está em um nível insustentável, sem contar a escassez de oportunidades no mercado de locação, agravada pela ação do governo. Todos aqueles que, no dia a dia, estão atendendo às reais necessidades desses municípios foram prejudicados.

 

O pedido estatal ajudou a manter em alta a produção dos fabricantes nacionais, indicador que havia diminuído nos últimos dois anos. Eles ganharam uma sobrevida de alguns meses e direcionaram as linhas produtivas para atender à demanda artificial criada, esquecendo-se do mercado e até dos seus distribuidores.

 

O PAC de Equipamentos e da Mobilidade fez do governo brasileiro o maior comprador de máquinas de construção em todo o mundo. Em contrapartida, reduziu ainda mais as oportunidades de trabalho para o setor de locação, que ainda se ressente dos efeitos da crise iniciada em 2009.

 

O governo federal deve manter esse título de maior comprador mundial de equipamentos? Essa é a solução para aquecer a economia? Evidente que não!

 

Nesta edição, enfocamos as questões que atingem diretamente os proprietários de máquinas voltadas para locação, pois constata-se que a saúde financeira das empresas está bastante abalada e que o valor de revenda de equipamentos após sua vida útil caiu para níveis nunca vistos no Brasil.

 

Temos de reagir adotando soluções que resultem na união dos locadores por meio de entidades de classe, viabilizem novos recursos tecnológicos e congreguem as empresas para uma mobilização conjunta visando à redução da carga tributária, entre outras ações que contribuam para a prosperidade no nosso setor.

Flávio Figueiredo Filho, vice-presidente da Apelmat/Selemat

 

Nota Editorial: A  revista M&T Manutenção e Técnologia, tem uma visão contrária a que a Apelmat se posiciona. confira a matéria clicando aqui: http://noticiadorweb.com/index.phpaction=show&secao=exibir_noticia¬icia_id=14583

 

FONTE: APELMAT



Link da Mat�ria Original:

Autor: Ramone Soraia

Data de Publica��o: 08/09/2014

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